Por que sua dor nunca melhora? Estigma e enfrentamento de pessoas com doença falciforme - Revista Brasileira de Enfermagem

ARTIGO ORIGINAL

Por que sua dor nunca melhora? Estigma e enfrentamento de pessoas com doença falciforme

Revista Brasileira de Enfermagem. 18/06/2021;74(3):e20200831

DOI: 10.1590/0034-7167-2020-0831

Visualizações 0

RESUMO

Objetivos:

analisar as características do estigma nas interações de pessoas com dor e doença falciforme e as estratégias de enfrentamento adotadas.

Métodos:

estudo qualitativo, realizado em unidades de referência na Bahia, entre janeiro e julho de 2018. Entrevistas em profundidade foram aplicadas a 25 adultos, seguidas de análise de conteúdo e interpretação à luz da Teoria Sociológica do Estigma.

Resultados:

quatro categorias emergiram dos dados: Estigma nas interações com familiares; Estigma nas interações com pessoas do público geral; Estigma nas interações com os trabalhadores de saúde; e Estratégias de enfrentamento do estigma.

Considerações Finais:

nas interações dos participantes, o estigma provocava descrédito dos relatos de dor, atribuição de rótulos e estereótipos, culpabilização por não melhorarem a saúde, discriminação, racismo, avaliação inadequada da dor e demora no atendimento. O enfrentamento incluiu silenciamento, encobrimento, comportamento agressivo, exposição ao risco, leitura de textos e de louvores religiosos e frequentação a igrejas.

Comentários

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leia também