O corpo marcado pela fístula arteriovenosa: um olhar fenomenológico - Revista Brasileira de Enfermagem

PESQUISA

O corpo marcado pela fístula arteriovenosa: um olhar fenomenológico

RESUMO

Objetivo:

Compreender a vivência de pessoas com doença renal crônica em uso de fístula arteriovenosa.

Método:

Estudo qualitativo e exploratório, fundamentado na fenomenologia social, realizado com 30 adultos em tratamento hemodialítico por meio de fístula, entrevistados em 2017. Os depoimentos foram analisados segundo o modelo empírico-compreensivo proposto por Amedeo Giorgi.

Resultados:

Foram desveladas as categorias: A estética corporal alterada; O olhar do outro sobre o meu corpo; e A fístula como condição indissociável à manutenção da vida.

Considerações finais:

A vivência de pessoas em uso de fístula revelou que esse acesso venoso deixa marcas no corpo que alteram a estética corporal, tornando o corpo imperfeito. Essas alterações provocam baixa autoestima, e atraem o olhar do outro, causando constrangimento naquele que tem o corpo marcado. Esse, por sua vez, reage camuflando a fístula, sem a qual não há vida. Dessa percepção surge o medo, que atua como catalisador para o autocuidado.

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